Caio no choro às 2h25 de uma quinta-feira comum, ao som da playlist cuidadosamente escolhida para me ajudar a concentrar na Estatística. Acabo sempre atraiçoada pelos números e, entre diagramas e outras frustrações, lembrei-me de ti. Porque antes de nos despedirmos, arrumei a minha mala e parti. E porque antes de eu ter partido, tu sabes, também já não estavas ali. Disse-te, premonitoriamente, que quando saio não olho para trás. Mas hoje olhei e vi o teu rosto. E enterneci-me. E no meio dos histogramas e de todas as coisas que não entendo, vi o teu sorriso tímido e a tua mão na minha e a pequena chama que acendeste e não teve por onde arder. E agora, não te considerando sequer o único culpado, desejo inutilmente que respondas por fogo posto e deserção.