07/12/17

A M., o R.











            agosto 2017

 

   A M. foi a primeira pessoa com quem morei quando saí de casa dos meus pais. Mal nos conhecíamos na altura mas a empatia que sentimos uma pela outra foi quase imediata. Rapidamente começaram as refeições partilhadas e as conversas intermináveis pela noite adentro. Ela passou a apreciar os meus ovos mexidos com salsichas e arroz branco e eu descobri o conforto que podia haver num prato de esparguete à bolonhesa sem carne, como ela costumava comer. Vimos muitas metades de filmes (ás vezes nem tanto) porque manter os olhos abertos à noite era quase sempre uma tarefa hercúlea - estávamos a viver muitas coisas, entusiasmadamente, pela primeira vez. Vimos poucos filmes completos, mas os que vimos eram (quase sempre) dos bons. 
   Uns quantos anos mais tarde a M. apresentou-me ao R. como a Raquel do Garden State (filme que ela viu pela primeira vez comigo e continua a ser um dos meus filmes preferidos e é também o preferido dele) e eu não podia ficar mais feliz com esta apresentação. Este verão eles casaram e foi um dos dias mais bonitos, (nostálgicos) e divertidos que vivi.



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