janeiro 2020
(...)
Porque eu fico-me entre um dia e
outro, na intermitência de uma
descoberta que me salve os pulmões
e os coloque ao teu colo
mansinhos, presente meu para que
continues a respirar-me.
Aqui está o dia de hoje a decompor-se
com cheiro a gestos mortos de uma
imbecilidade terna,
confusos,
gafanhotos aflitos
de pernas para o ar.
Cláudia R. Sampaio in Ver no Escuro