09/02/20

para que continues a respirar-me








janeiro 2020




(...)

Porque eu fico-me entre um dia e
outro, na intermitência de uma
descoberta que me salve os pulmões
e os coloque ao teu colo
mansinhos, presente meu para que
continues a respirar-me.

Aqui está o dia de hoje a decompor-se
com cheiro a gestos mortos de uma
imbecilidade terna, 
confusos,
gafanhotos aflitos 
de pernas para o ar.

Cláudia R. Sampaio in Ver no Escuro

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